A Esporte Interativo fechou o grupo de clubes que a emissora terá no Campeonato Brasileiro. Com contratos entre 2019 e 2014, 14 equipes se juntaram ao canal da Turner: Atlético Paranaense, Bahia, Ceará, Coritiba, Paraná, Paysandu, Criciúma, Fortaleza, Internacional, Joinville, Ponte Preta, Santa Cruz, Santos e Sampaio Corrêa.
Após disputar as equipes com o Sportv, a Esporte Interativo fez um evento no Museu do Futebol, em São Paulo, para apresenta-las ao público e a jornalistas convidados. Os ex-jogadores Zico e Rivellino, que comentam no canal, fizeram o que seria o “toque inicial” do Brasileirão 2019.
O problema, no entanto, é que das 14 equipes acordadas com a Esporte Interativo, apenas seis estão na Série A. E três delas frequentaram a Série B nesta década. E se, por ventura, houver apenas três equipes da emissora na primeira divisão em 2019?
“Esse é um cenário apocalíptico, que poderia acontecer com a Globo também. Nem cogitamos essa possibilidade. Nosso plano é ter oito equipes na Série A em 2019”, contou Bernardo Ramalho, diretor da Esporte Interativo, à Máquina do Esporte.
A emissora não colocou nem dispositivo no contrato caso isso ocorra, mas teria uma indisposição com os clubes: um dos detalhes do contrato é ter um mínimo de jogos transmitidos, o que seria impossível com um número pequeno de equipes na Série A.
E esse não será o único risco que a Esporte Interativo correrá ao apostar em equipes menores. Para fechar os acordos, a empresa pagou um valor de luvas aos contratos, e a quantia não poderá ser devolvida. Os times ganharão por temporada na divisão principal. Caso não a disputem em nenhum ano, estão livres para fechar com qualquer outra emissora. Assim, parte do investimento feito em 2016 poderá ter sido em vão entre 2019 e 2014.