O custo do novo estádio olímpico de Tóquio, que será erguido para os Jogos de 2020, pode chegar a US$ 1,788 bilhão (R$ 5,55 bilhões). O valor representa um acréscimo de 54% no orçamento inicial, segundo o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, que tentava redução dos custos.
Como comparação, os gastos com reforma e contrução dos 12 estádios da Copa do Mundo do Brasil-2014 chegaram a R$ 8,45 bilhões (R$ 8,85 bilhões em valores atualizados). O valor do estádio japonês supera os custos das obras de Mané Garrincha, Arena Corinthians e Maracanã juntos, que somaram R$ 3,65 bilhões.
Para tentar contar os gastos, o Conselho Japonês de Esportes, que gere o estádio, anunciou em maio um novo desenho, com custo de contrução de US$ 1,372 bilhão. A nova planta reduzia o tamanho da arena em quase 25%, para 220.000 m2.
Recentemente, o ministro japonês dos Esportes, Hakubun Shimomura, propôs que a arena não tivesse teto retrátil e que reduzisse o número de assentos fixos para baratear custos e diminuir o tempo de construção.
Apesar de tudo isso, o projeto final pode encarecer até US$ 700 milhões devido ao aumento dos preços dos materiais, segundo fontes do governo federal do Japão, dadas à emissora de TV NHK.
Na semana que vem, o governo deve bater o martelo nas modificações do projeto original desenhado pela arquiteta Zaha Hadid. O projeto recebeu várias críticas devido ao seu fausto e preço alto, além de ter gerado atrito entre o governo federal e a Prefeitura de Tóquio sobre a repartição dos custos da obra.
O antigo estádio Olímpico de Tóquio já foi demolido. A construção do próximo terá início em setembro com previsão de término para 2019. Na ocasião, servirá de sede para a Copa do Mundo de rúgbi. O estádio Nacional de Tóquio foi construído como palco principal dos Jogos de 1964 e possuía capacidade para 48 mil pessoas.