O uso depois do evento é uma das principais discussões sobre estádios que estarão na Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil. Na África do Sul, sede do torneio deste ano, pouco mais de um mês foi suficiente para mostrar o tamanho dos riscos.
Uma das apostas do governo sul-africano para tornar os estádios financeiramente viáveis depois da Copa do Mundo era o uso em outras modalidades. Contudo, o país precisou rechaçar a ideia de um torneio de críquete organizado em conjunto com a Índia porque os campos são pequenos demais.
A ideia inicial dos organizadores do torneio era usar três estádios de cidades menores que estiveram na Copa do Mundo: Polokwane, Rustemburgo e Nelspruit. No dia 9 de janeiro de 2011, Índia e África do Sul disputarão partida de críquete em Durban, outra região que recebeu jogos da competição de futebol. Para isso, será necessária uma autorização da associação mundial da modalidade.
Antes do início da Copa do Mundo, o comitê organizador local (COL) chegou a dizer que a utilização em outras modalidades era a grande aposta para não deixar aparatos inutilizados depois do torneio. A entidade chegou a cogitar criar rodadas duplas das ligas nacionais de rúgbi e futebol.
Desde a Copa do Mundo, os estádios têm sido usados para uma série de eventos, incluindo shows de pequeno porte e casamentos. A única cidade que divulgou um estudo sobre o quanto o estádio precisa para se sustentar foi Port Elizabeth. De acordo com esse documento, a arena pode ter de um prejuízo de 3,6 milhões de rands a um lucro de 1,3 milhão de rands em 2011, de acordo com a utilização.
A África do Sul investiu 16 bilhões de rands (US$ 2 bilhões) na reforma e na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2010.