As ligas italiana, espanhola e inglesa estão próximas da falência. Esse é o resultado obtido pela empresa de consultoria AT Kearney, em um relatório que apontou os altos valores em negociações por jogadores como a razão chave da insustentabilidade das equipes das três ligas.
A pior contabilidade está na Itália, com queda de 12%. Espanha está com negativo de 7% e a Inglaterra com negativo de 5% ao ano. O estudo aponta que empresas de outros setores ficam, em média, com positivo de 4%. Se essas ligas fossem empresas de fato, estariam falidas em, no máximo, dois anos.
O balanço negativo da compra e venda de jogadores, apontado como o principal vilão, chegou a 566 milhões de euros (cerca de R$ 1,5 bilhão). A pior situação fica com a Espanha, que ficou com negativo de 257 milhões de euros. Kaká e Cristiano Ronaldo foram os exemplos mais recentes de exageros na contratação. Ambos chegaram a custar cerca de 150 milhões de euros para o Real Madrid, numa mesma temporada.
Nem todos na Europa, no entanto, estão nessa situação. Foram consideradas também, entre as principais ligas nacionais do continente, a França e a Alemanha. As duas estão com contabilidade positivas.
O relatório chega a afirmar que, com esse cenário econômico, os clubes podem começar a ter problemas para gerar negócios, já que os investidores não se arriscarão a investir em gestões tão frágeis. A AT Kearney exalta o futebol alemão por conseguir rentabilidade salutar e por saber aproveitar os investimentos em estádio realizados para a Copa do Mundo de 2006.