O publicitário Fernando Maragno ficou 15 meses na direção de marketing do Criciúma, mas nesta semana se despediu do clube. Sem conseguir conciliar a agenda profissional com os encargos necessários para se manter no cargo – não renumerado –, Fernando decidiu sair. À Máquina do Esporte, o profissional avaliou o período no clube.
Com foco em um mercado de marketing esportivo ainda pouco amadurecido no Brasil, Maragno reclamou da falta de padrão adotado entre clubes, que se configurou de forma concreta na retomada por produtos licenciados do clube. O Criciúma teve que rever um formato para voltar a produzir novos produtos com sua marca.
Isso foi aliado ao que o ex-dirigente chamou de estrutura precária encontrada quando a atual administração. Sem criticar a anterior, Maragno viu alguns fatores desatualizados no clube. Por isso, disse que o período em que esteve no marketing da equipe serviu para colocar o “primeiro tijolo” para as gestões futuras.
“Começamos um trabalho com as coisas mais básicas até as mais avançadas para conseguir obter novas receitas. Desde a comunicação dentro do estádio até a reformulação do programa de sócios do Criciúma”, afirmou.
O trabalho, no entanto, deve continuar. A responsabilidade fica para os profissionais renumerados do Criciúma, personificados nos gerentes de marketing e comercial do clube. “Eu também fico à disposição, mas sei que se o próximo que entrar tiver ideias diferentes, teremos que respeitar”, ressaltou Maragno.
O substituto, no entanto, não deve sair em curto prazo. O presidente do clube, Antenor Angeloni, pretende fazer algumas mudanças no estatuto do Criciúma, que envolveria sua permanência no cargo por mais anos. Isso ainda está em negociação no conselho, mas deve tirar a substituição no marketing da primeira prioridade.