A Liberty Media, dona da Fórmula 1, revelou nesta quarta-feira (3) que ganhou US$ 10 milhões em receita digital em 2017. O número é 65% maior que o conquistado em 2016 (US$ 6,1 milhões), quando a empresa ainda não exercia a função, mas ainda considerado baixo para todo o investimento que vem sendo feito no setor.
Desde que assumiu a Fórmula 1, no final de 2016, a Liberty Media deixou claro que o mundo digital seria uma das prioridades, um pensamento bem diferente da gestão anterior, chefiada por Bernie Ecclestone. A partir daí, a empresa renovou o aplicativo da F1, introduziu a categoria nos e-Sports e ainda criou a plataforma de streaming F1TV, que transmite as corridas diretamente aos fãs.
É verdade que o número divulgado, que representa apenas 0,6% da receita total gerada pela categoria mais importante do automobilismo mundial, ainda não inclui os ganhos com a F1TV e o e-Sports, mas ainda assim é considerado decepcionante nos bastidores, apesar de declarações darem a entender o contrário. Boa parte dos US$ 10 milhões provém de vendas relacionadas ao aplicativo e também ao licenciamento de ingressos on-line e direitos de produtos.
“A receita cresceu fortemente, US$ 3,9 milhões, apesar do foco principal da empresa no planejamento de produtos e serviços futuros, no desenvolvimento cada vez mais bem-sucedido de seus canais digitais e sociais, e no desenvolvimento de conteúdo de plataformas técnicas subjacentes para apoiar futuras oportunidades de crescimento. Os diretores consideram o desempenho da empresa durante o ano satisfatório e alinhado às expectativas, já que a empresa continua investindo no desenvolvimento de suas plataformas digitais. Acreditamos que a empresa está em uma posição sólida e, com o progresso que está fazendo, em boa posição para o futuro”, afirmou a F1, em comunicado oficial.
No cômputo geral, a Liberty Media espera fechar 2018 melhor do que no ano passado. Em 2017, houve um baque financeiro, entre outros fatores, por conta da não realização do GP da Alemanha e a saída de patrocinadores como Allianz e UBS à época. Neste ano, a prova foi realizada, e as contas voltaram a melhorar. Para 2019, o GP da Alemanha terá, inclusive, uma nova dona de naming rights, a Mercedes.
Outro fator que deve impulsionar os ganhos da F1 é o acordo recente de US$ 100 milhões que abriu as portas da categoria a patrocínios de casas de apostas on-line, colocando um fim a uma proibição que já durava quase 40 anos.