Mark Zuckerberg decidiu entrar na briga e quer ultrapassar YouTube e Netflix em streamings. Para isso, lançou o “Watch”, plataforma de vídeo que terá programação exclusiva, incluindo jogos de futebol, basquete e beisebol, além de programas esportivos, de culinária, documentários e reality shows.
No começo, a plataforma estará disponível apenas para um grupo limitado nos EUA por meio do aplicativo da rede social, no site e em aplicativos de televisão. O Facebook já assinou, inclusive, contratos com algumas fontes de conteúdo, como BuzzFeed, ATTN, Vox Media e Group Nine Media.
Em 2017, a rede social de Mark Zuckerberg tem mostrado a intenção de querer se tornar criador de conteúdos originais, e não apenas reproduzir conteúdos feitos pelos usuários, o que comprova ainda mais a tendência dos gigantes globais de mídias digitais de entrarem nesse mercado.
Em março deste ano, o YouTube começou nos Estados Unidos a operação do seu YouTube TV, que cobra uma assinatura mensal e dá a opção de assistir a 40 canais, entre eles a ESPN e a Fox Sports. O serviço ainda é restrito ao território norte-americano.
Em abril, a valorização da transmissão por streaming do esporte ficou ainda mais clara. A NFL, liga de futebol americano, trocou o Twitter pela Amazon nas transmissões do tipo. Para ter o direito de exibir dez rodadas das partidas de quinta-feira à noite, a Amazon pagará US$ 50 milhões à NFL, cinco vezes mais do que o Twitter desembolsou ano passado pelos direitos, segundo a agência Bloomberg.
As partidas de quinta à noite, que também são exibidas pelas redes abertas CBS e NBC, estarão disponíveis ao público por uma assinatura de US$ 99 (plano anual) ou US$ 10,99 (plano mensal). Esta foi a primeira operação desse tipo de streaming no setor esportivo.
No Brasil, Atlético-PR e Coritiba decidiram levar o clássico à internet por três vezes (uma na primeira fase e os dois jogos finais) porque os times não chegaram a um acordo com a Globo pelo valor de transmissão das partidas durante o campeonato estadual. Sem uma emissora definida, os rivais se uniram para exibir a partida gratuitamente e de forma exclusiva pelos próprios canais dos clubes no Facebook e no YouTube.
Segundo levantamento do Ibope/Repucom sobre o desempenho dos times de futebol do Brasil nas redes sociais, ambos tiveram crescimento superior a 100% no número de inscritos em suas páginas oficiais. Na partida decisiva, com a soma das contas de ambas as equipes no Facebook e no Youtube, foram 1,5 milhão de visualizações.
Outro exemplo foi a decisão tomada pela CBF em junho deste ano de transmitir dois amistosos da seleção brasileira, contra Argentina e Austrália, pela internet. A entidade fechou com o UOL para exibir a partida. A Vivo fez a transmissão para telefones celulares, e as TVs Brasil e Cultura passaram o jogo na TV aberta em espaço comprado pela CBF. Para completar, a própria confederação transmitiu a partida em sua página no Facebook.