O esporte mais popular do mundo será ainda maior na próxima década. Nos últimos anos, o futebol cresceu nos três mais populosos países do mundo. Por consequência, nos dois PIBs mais robustos do planeta. Ainda que não seja uma modalidade consolidada nesses mercados, o alto apelo entre os mais jovens faz o movimento ser sustentável no futuro próximo.
Em clima de Copa do Mundo, a Nielsen Sports lançou o World Football Report 2018, que mapeia os fãs de futebol nos 20 principais mercados do esporte. E o relatório surpreende pelo crescimento robusto do futebol em cinco países, entre eles Estados Unidos, China e Índia. México e Rússia, a sede do Mundial de 2018, completam a lista.
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Entre 2013 e 2017, ano em que a pesquisa foi realizada para o atual relatório, o número de pessoas que se mostraram “interessadas” ou “muito interessadas” no futebol cresceu de 27% para 32% na China, 28% para 32% nos Estados Unidos e 30% para 45% na Índia. Nos três casos, a força está no grupo de torcedores mais jovens. No país da América do Norte, por exemplo, têm 55% de interesse os fãs entre 16 e 24 anos, contra apenas 14% daqueles que têm entre 55 e 69 anos.
Isso ainda não se reflete em um mercado forte o suficiente para enfrentar os países em que o futebol está consolidado, mas o potencial é grande. Na China, se for considerado apenas a população urbana, o número de “interessados” ou “muito interessados” chega a 187 milhões de pessoas. Isso é consideravelmente maior do que o número de torcedores das nações mais fortes do esporte na Europa: França, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália somam 131 milhões de torcedores.
Os motivos para o crescimento são variados, mas normalmente passam pela criação ou fortalecimento de uma liga local. Na Índia, o crescimento acelerado foi paralelo à criação da Indian Super League, fundada apenas em 2013. Liga MX, do México, e MLS, dos Estados Unidos, também têm apresentado uma maior capacidade de investimentos nos últimos anos. Na China, o movimento passou diretamente pelas mãos do presidente Xi Jinping, um incentivador da modalidade, com diversos investimentos de empresas públicas em equipes.
Nos Estados Unidos, o cenário é o mais complexo. Além da consolidação da MLS, o crescimento passa pelo número crescente de hispânicos, algo que o presidente Donald Trump tem como prioridade brecar. Mas até o sucesso do jogo virtual da Fifa foi apontado pela Nielsen como motivo ao apelo jovem. Nos próximos anos, o país, assim como o vizinho México, ainda terá a preparação para a Copa do Mundo, um fator que turbinou o esporte na Rússia. A tendência é ter um mercado da bola bem mais espalhado globalmente em 2026.