A Copa do Mundo evidencia que é possível ter estádios lotados no Brasil. Basta haver jogos de futebol que atraiam o interesse do público. Nos 48 jogos da fase de grupos, foram às 12 recém-reformadas ou recém-construídas arenas brasileiras 2.454.377 torcedores. A média de público foi de 51 mil pessoas, mais de três vezes o que competições nacionais costumam registrar.
A comparação com Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil chega a parecer mal intencionada. Em 2013, o primeiro teve média de 15 mil pessoas por partida, e o segundo, 8 mil pessoas. Evidentemente, esses campeonatos foram disputados em estádios com capacidades reduzidas e mal se comparam ao Mundial de seleções. Mas encare desta maneira: a Fifa conseguiu tornar a Copa em um espetáculo inigualável no futebol, enquanto a CBF engatinha com competições nacionais. O resultado de todo o tratamento das entidades com o produto se vê no público.
Na Copa, o público está quase sempre no limite da capacidade de cada estádio. O Maracanã, maior desta edição, teve média de 74.102 pessoas por jogo. O Mané Garrincha, com 68.438, é o segundo que mais recebe gente nesta Copa, seguido pela Arena Corinthians, com 62.268. Entre Brasileiro e Copa do Brasil, o Maracanã teve, em 2013, média de 28 mil torcedores, e o Mané Garrincha, grande novidade da temporada, teve 36 mil. A arena corintiana ainda não existia.