A eficácia de naming rights está diretamente ligada ao uso da nomenclatura escolhida para designar campeonato, estádio, ou qualquer outra propriedade comercializada. Por essa razão, quando veículos de comunicação não aderem ao nome imposto, surgem duras críticas. Mas há até entidades que insistem em ignorar o patrocinador.
A Federação Gaúcha de Futebol (FGF), no fim do ano passado, vendeu os naming rights do Campeonato Gaúcho para a Coca-Cola, após acertar patrocínio com a Vonpar, distribuidora da marca no Sul do país, e decidiu que o torneio passaria a ser chamado “Gauchão Coca-Cola”. O campeonato já começou, mas a federação evita usar o nome.
No site oficial da entidade, o Campeonato Gaúcho continua a ser chamado dessa maneira tanto na página específica da competição, entre logomarca e texto, quanto na página principal. Em comparação, a Federação Mineira de Futebol (FMF), que vendeu a mesma propriedade ao BMG, inseriu o nome do banco em vários lugares.
À reportagem da Máquina do Esporte, a assessoria de imprensa da FGF afirmou que a opção por não usar o nome ou a marca da Coca-Cola nas partes mais visíveis coube à Kefler, agência de marketing esportivo que intermediou o negócio com a Vonpar. Se a empresa quisesse explorar mais propriedades, estaria livre para tanto.
A Kefler, por sua vez, garante que não tem ingerência sobre o que é publicado no site oficial da entidade, e até gostaria de ver a marca da Coca-Cola melhor trabalhada. Em 2010, já havia intermediado acordo entre gaúchos e Laboratório Teuto. À época, a agência apenas vendeu placas publicitárias, bem como acertou com a Vonpar neste ano.
“Gaúchão Coca-Cola”, nomenclatura escolhida por federação e patrocinadora, não é utilizada pela própria entidade no site oficial
Mineiros, por outro lado, deram destaque ao patrocinador, BMG; até a cor laranja do banco foi mantida no site da entidade