Fiba condiciona vaga olímpica do basquete a pagamento de dívida

 Comitê Executivo da Fiba posa para foto

A Fiba (Federação Internacional de Basquete) deu broncas públicas à CBB (Confederação Brasileira de Basquete) ao condicionar a vaga olímpica no Rio-2016 ao pagamento de dívidas com a entidade. A decisão foi tomada após encontro do Comitê Executivo da entidade, realizado na semana passada e divulgada ontem.

O imbróglio começou em 2013, quando a seleção masculina foi eliminada no Pré-Mundial da Venezuela. Para se garantir na Copa do Mundo da Espanha, o país conseguiu um dos quatro convites disponíveis. Mas precisaria pagar uma taxa de US$ 1 milhão. Na mesma época, a CBB perdeu o patrocínio estatal da Eletrobras e ficou sem condições de quitar a taxa.

Pelo comunicado oficial, a Fiba deu até prazo para o pagamento da dívida. “A data limite de 31 de julho foi definida para a CBB resolver isso [dívida] para serem concedidas vagas automáticas para o Rio-2016. O Comitê Executivo expressa sua esperança de que o país anfitrião possa competir nos próximos Jogos Olímpicos”, afirmou a entidade.

Em Londres-2012, o Reino Unido, que não possui tradição alguma no basquete, acabou sendo beneficiado pelo convite dado ao anfitrião dos Jogos. Contando com o reforço de alguns atletas naturalizados, o time masculino ficou em nono lugar. Já o feminino ficou em 11º, à frente apenas de Angola.

Preocupada em assegurar vaga direta no Rio-2016, a CBB divulgou nota informando que não tem condição de quitar o débito com a Fiba à vista. Por isso, pede a extensão do prazo de pagamento.

“A proposta apresentada pela CBB, para a qual aguardamos uma resposta formal, respeitou a sua capacidade financeira e conta com garantias reais para pagamento”, afirmou a entidade, em nota oficial.

Atualmente, a confederação conta com acordos de patrocínio de Bradesco, Nike e TV Globo, além de verbas oficiais através de convênios com o Ministério do Esporte e Lei Piva (que destina parte da arrecadação das loterias da Caixa Federal para o esporte olímpico e paralímpico brasileiro).

Segundo balanço da CBB, em 2014, a entidade recebeu, dos patrocinadores privados, um total de R$ 10 milhões. Lei Piva e Ministério do Esporte garantiram outros R$ 14 milhões aos cofres da confederação. Por outro lado, a dívida da CBB, com diversos credores, é hoje avaliada em cerca de R$ 10 milhões.

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