Fifa minimiza vazios da Copa em rodada decisiva

Os jogos eram válidos pela última rodada da fase de classificação. Muitas seleções brigavam para continuar na Copa do Mundo. E nem essa carga dramática foi suficiente para aplacar os vazios nas arquibancadas da África do Sul. A média de público subiu em comparação com as partidas anteriores, mas ainda ficou aquém do índice que o comitê organizador local (COL) havia anunciado para a competição.

“Lugares vazios acontecem em qualquer lugar, em qualquer evento ou competição esportiva. O que me deixa mais contente é que estamos acima do nível de ocupação de estádios na Copa da Alemanha. Só isso já é motivo suficiente para valorizar o que está acontecendo aqui na África do Sul”, minimizou Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa.

Antes do início da Copa do Mundo deste ano, o COL anunciou que havia vendido algo em torno de 97% dos ingressos disponíveis. Esse patamar é similar ao percentual de entradas comercializadas na Alemanha na fase que precedeu o começo do torneio.

Na semana passada, Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), foi ainda mais otimista. Segundo o dirigente, 97,5% das entradas para a Copa do Mundo foram vendidas.

O que se viu nos estádios, contudo, foi uma realidade muito diferente. A média de ocupação foi de 91,97% na primeira rodada, caiu para 91% na segunda e chegou a 91,29% nos confrontos decisivos da fase de grupos, segundo dados da própria Fifa.

“Não sei o que acontece aqui. Não sei se pessoas que compraram ingressos desistiram de ir ao estádio, mas é possível que isso tenha acontecido. Além do mais, temos estádios muito grandes na África do Sul. Enchê-los é um grande desafio”, completou Valcke.

A esperança de autoridades locais é que a média de ocupação suba na fase decisiva da Copa do Mundo. Sobretudo nos setores mais caros, como os camarotes, faixa que concentra os maiores clarões em estádios do torneio.

“As grandes partidas vão começar agora. Tenho certeza que o interesse do público será proporcional a isso”, encerrou Danny Jordaan, diretor-executivo do COL, em entrevista coletiva concedida no último sábado.

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