A Fifa espera que os Estados Unidos restituam a seus cofres US$ 190 milhões desviados por dirigentes e empresários implicados nos escândalos de corrupção na entidade.
Dias atrás, a federação pediu à Justiça a devolução do dinheiro dos ex-dirigentes do futebol acusados de receber subornos.
“Não é um dinheiro dos Estados Unidos, não é dessas pessoas, é dinheiro que pertence ao futebol. Há US$ 190 milhões que estão nos Estados Unidos dessas pessoas que já se declararam culpadas”, afirmou Gianni Infantino, presidente da Fifa, em entrevista na sede da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), no Paraguai.
“Esse valor também não é dinheiro da Fifa, é do futebol. E a Fifa está pedindo em nome do futebol. Vamos fazer um acordo com as confederações [continentais] e as federações [nacionais] afetadas por essas pessoas, porque o dinheiro tem que ir para onde o crime ocorreu”, acrescentou.
A promotoria norte-americana acusa 39 ex-dirigentes da Fifa e do futebol, assim como empresários de agências de marketing de haver pago propinas milionárias para obter direitos de transmissão e comercialização de torneios e partidas.
O escândalo é o pior da história da Fifa e envolveu boa parte da cúpula do futebol mundial. Entre os acusados estão três ex-presidentes da Conmebol e três da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e do Caribe).