A Fifa irá lançar uma plataforma online para a negociação de atletas. As informações estarão disponíveis para os clubes poderem rastrear e descobrir talentos em locais distantes. A ideia da federação de futebol é introduzir essa ferramenta neste ano.
Segundo Mark Goddard, dirigente da Fifa, o Global Player Exchange irá permitir que as equipes troquem informações privadas sobre jogadores. Para ele, os clubes não têm informações sobre jogadores disponíveis no mercado.
“Há uma forte necessidade de comunicação entre os clubes. Eles sabem o que está acontecendo no mercado local, mas não têm muitas informações no nível internacional”, afirmou Goddard, em entrevista à Bloomberg.
Os clubes que quiserem usar a ferramenta de negociação online da Fifa terão que desembolsar um valor a ser estabelecido pela entidade. De acordo com Goddard, a federação também está trabalhando para dar, até 2018, a cada jogador um código de identidade, similar a uma carteira de identidade.
O mercado de transferências global teve aumento de 2,5% no ano passado, atingindo o valor de US$ 4,1 bilhões (R$ 10,75 bilhões). O Brasil é o país com mais operações realizadas durante a última temporada. Foram negociados 1.493 jogadores no país em 2014, apesar de isso não se traduzir em um montante significativo em relação às principais potências europeias.
Os clubes ingleses foram os que mais gastaram em reforços: US$ 1,2 bilhão (R$ 3,15 bilhões). Já os times espanhóis foram os principais negociantes, arrecadando US$ 667 milhões (R$ 1,75 bilhão) com a venda de jogadores. As cinco principais ligas da Europa (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França) registraram montante de negócios de cerca de R$ 6 bilhões, com um aumento de 15% em relação a 2013.