Figueirense demite diretor de marketing

O Figueirense demitiu, no fim da tarde da última segunda-feira (31), o diretor de marketing Nelson Galvão Júnior, além do gerente de futebol, Erasmo Damiani, e do diretor financeiro, José Chrain. A decisão foi tomada pelo atual presidente, Nestor Lodetti, que já havia pressionado a diretoria no fim da semana anterior, ao cobrar contratações de jogadores mais acertadas. No caso do marketing, a demissão de Galvão Júnior interrompe o planejamento elaborado pelo profissional nos últimos dois meses. O ex-gerente de marketing da Cimed foi contratado no fim de março e almejava dobrar a base de associados ao clube, dos atuais 8,5 mil para 16 mil. “Lançamos a campanha no dia 11 de maio e ela foi elogiada por todos, inclusive pelo presidente, que veio me parabenizar pessoalmente”, conta o ex-diretor. “Até ontem [segunda-feira], nossas ações estavam no ar e tudo ia muito bem. Aí me chamaram e comunicaram que estavam encerrando meu contrato para enxugar custos”, afirma Galvão Júnior. “Disseram que o trabalho estava muito bom, mas que o momento é de economia e que era preciso cortar gastos”. O ex-diretor de marketing enxerga falta de preparo nos dirigentes do Figueirense e diz que o time catarinense tem sérias dificuldades para “encarar a profissionalização”. “O Nestor [Lodetti, presidente] não tem muita habilidade administrativa, até porque é advogado e não gestor”, avalia. “Disseram que meu estilo de trabalho, transparente com a torcida e com a imprensa, não estava de acordo com o clube”. A redução das despesas, na visão do ex-funcionário, fará com que sejam contratados profissionais desqualificados. “Eles querem pagar um terço do que foi combinado comigo”, revela. “Por esse valor, irão conseguir pessoas iguais às que encontrei lá: com muita boa vontade, mas em início de carreira e sem nenhum know-how”. Agora, segundo informações obtidas por Galvão Júnior, o Figueirense deve dar continuidade ao projeto criado por ele por meio de agências, sob o comando do segundo vice-presidente, Airton Manoel Siri, que ingressou no clube assim que Lodetti foi eleito presidente, em abril. Oficialmente, por meio de sua assessoria de imprensa, o clube afirma que o remanejamento de profissionais é natural em empresas de qualquer natureza e que os departamentos de comunicação e marketing, que são integrados, além do futebol, estão sendo reestruturados financeiramente. Procurados pela Máquina do Esporte, dirigentes do Figueirense não quiseram dar declarações devido à partida desta terça (1º), contra o Asa de Arapiraca, para não desviar o foco do jogo. Nelson Galvão Júnior, por sua vez, deve voltar para São Paulo e trabalhar na criação de uma agência própria.

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