Na última sexta-feira, o Flamengo anunciou oficialmente que Ronaldinho Gaúcho permanecerá no time em 2012, após o clube se acertar com Traffic, parceira no negócio que levou o meia à Gávea. O clube, no entanto, não divulgou os detalhes dessa operação, que repassará os valores obtidos com a barra da camisa para a agência.
Com a nova medida, a Traffic terá exclusividade na propriedade, e o com o patrocínio que for acertado a agência poderá ficar com o valor total da negociação. “Agora, eles têm que se virar para conseguir um patrocinador para a barra da camisa”, resumiu o vice-presidente do Flamengo, Henrique Brandão, à Máquina do Esporte.
Há três meses, a Traffic já havia definido com o Flamengo quais propriedades comerciais seriam utilizadas pelo clube e, portanto, quais espaços a agência poderia negociar. A barra da camisa estava incluída no acordo, mas até então a empresa só poderia ter uma porcentagem do que fosse vendido.
Neste ano, a barra da camisa do Flamengo chegou a ser negociada com o site de compra coletiva “Felicidade Urbana”, em um acordo de R$ 6 milhões por um ano. O contrato, no entanto, foi vetado pelo conselho deliberativo do clube, com a alegação que havia discord”ncias quanto às garantias de pagamento.
Originalmente, o acordo que levou Ronaldinho à Gávea dava uma porcentagem dos patrocínios obtidos pelo clube ao jogador. A Traffic entrou no acordo como a agência responsável por captar esses recursos e pagar uma parcela do salário do jogador.
Um grande patrocínio nunca chegou, e a relação entre Traffic e Flamengo ficou abalada quando o clube fechou com a Procter & Gamble para o segundo semestre. O acordo foi intermediado pela 9ine, o que deixou a parceira do clube sem nenhuma porcentagem dos valores envolvidos. Ronaldinho chegou a ficar meses sem receber a parte de seu salário oriunda da Traffic.