Em 2014, o Flamengo chegou ao segundo ano de seu programa de sócio-torcedor. O projeto sempre foi uma das principais apostas da diretoria formada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello e, pelo balanço patrimonial divulgado pelo clube, dá para ter uma ideia do porquê foi dada essa importância.
Segundo dados fornecidos pelo Flamengo, o programa de sócio-torcedor já é a terceira maior fonte de receita do clube. Em 2014, foram arrecadados R$ 30 milhões com o programa, quase o dobro do que foi atingido em 2013. Hoje, o departamento de futebol só tem duas fontes superiores a essa: bilheteria, com R$ 40 milhões, e direitos de televisão, com R$ 115 milhões. Patrocínios chegam a R$ 80 milhões, mas nenhum parceiro específico paga o que os sócios-torcedores renumeram.
Para chegar a essa quantia, o clube conta com a regularidade de seus sócios. Durante 2013, o programa cresceu conforme ia sendo divulgado. Em dezembro daquele ano, o clube terminou com 59 mil membros. E o número flutuou pouco. No fim de 2014, ele esteve em 52 mil.
Para o vice-presidente de comunicação do Flamengo, Gustavo Oliveira, o modo como o clube divulgou o programa foi importante na manutenção dos sócios durante o ano. “O conceito de ajudar o time ajuda a fidelizar o torcedor. Ele não paga apenas para ir aos jogos”, contou à Máquina do Esporte.
A arrecadação alta se deve a um elevado tíquete médio; o plano mais barato sai a R$ 29,90 ao mês. E o pagamento sem boleto, somente por cartão de crédito, ajuda na baixa inadimplência.
Para os próximos meses, o clube estuda ampliar algumas parcerias com empresas para dar mais benefícios aos sócios. A ideia, claro, é dar um novo salto no número de sócios, mesmo que essa não seja a prioridade. “Às vezes, me questionam pelo fato de sermos apenas o sexto em sócios-torcedores no Brasil. Mas, em arrecadação, nós estamos entre os primeiros. E, no frigir dos ovos, é isso o que realmente importa”, completou Oliveira.