Cada vez mais os clubes de futebol no Brasil estão dando mais atenção ao seus centros de treinamento. Durante a década de 2000, São Paulo, Cruzeiro e Atlético Paranaense se vangloriaram de suas modernas instalações. Recentemente, o Corinthians inaugurou o CT Joaquim Grava, com foco em um melhor rendimento dentro de campo. Agora é a vez de o Flamengo tentar viabilizar o seu projeto.
Para tanto, há dois meses o então diretor de futebol do clube, o Zico, pediu a ajuda da torcida flamenguista para o que ele chamou de “operação tijolinho”, referindo-se ao programa “Abrace o CT”, que até então não foi lançado. Zico já saiu do clube, mas o programa de marketing para alavancar renda para o local permanece vivo.
Ainda sem data para o seu lançamento oficial, o marketing do Flamengo revelou à Máquina do Esporte alguns detalhes desse novo projeto. Na verdade, o que será negociado ao torcedor não serão tijolos, mas sim azulejos de cer”micas que terão o nome do torcedor que pagaram por esse privilégio.
Cada torcedor que comprar o seu “tijolinho” receberá um mapa que indica onde está instalado a sua peça, dentro do renovado “Ninho do Urubu” e também ganhará um kit do clube, com conteúdo ainda indefinido. O custo será de R$ 250,00 para cada torcedor e o lote inicial será de 18 mil. No entanto, o clube trabalha com o número total de 23 mil kits vendidos.
Os valores deverão pagar apenas uma pequena parte do novo centro de treinamento. Caso consiga vender todos os “tijolinhos”, o Flamengo teria uma receita bruta de R$ 5,75 milhões, o que deve representar apenas uma pequena parte do custo do projeto.
Em termos de comparação, o caso de CT mais novo que se tem entre grandes clubes do Brasil é o que pertence ao Corinthians. Para construir a parte que já está em funcionamento, o clube gastou cerca de R$ 15 milhões. Para completar todo o projeto desenvolvido pelo arquiteto Ruy Otake, que inclui os alojamentos para os jogadores, estima-se que o clube gastará ainda mais R$ 20 milhões.