O Flamengo busca uma empresa para patrocinar seus uniformes e substituir a Petrobras, com quem rompeu neste ano. Além disso, tenta viabilizar a contratação do centroavante Adriano. A simultaneidade das negociações criou especulações sobre companhias que estariam dispostas a ajudar no acerto com o ex-jogador da Inter de Milão. No entanto, o clube adotou discurso enfático para desvincular as duas transações. O departamento de marketing do Flamengo criou um planejamento para que a equipe rubro-negra levante fundos suficientes para bancar Adriano. A estratégia ainda será apresentada ao Imperador, que chegou a um acordo com a Inter de Milão para rescindir seu contrato e voltou a morar no Rio de Janeiro. As bases para fazer de Adriano um produto rentável, contudo, não têm qualquer vínculo com o modelo utilizado no Corinthians para contratar Ronaldo. O maior artilheiro da história das Copas do Mundo recebe um salário fixo de R$ 400 mil e tem participação em acordos comerciais que o clube conseguir ? os contratos com Banco Panamericano (publicidade nos calções) e Bozzano (publicidade nas mangas), assinados recentemente, destinam 80% da verba ao camisa 9. No Flamengo, a imposição foi não vincular Adriano aos patrocínios. ?Nós descartamos qualquer possibilidade de fazer essa modelagem. Respeitamos as propostas das outras agremiações, mas a nossa estratégia é não comprometer nenhuma propriedade como manga, short ou outro espaço da camisa?, avisou Ricardo Hinrichsen, vice-presidente de marketing da equipe carioca. Entre evasivas, Hinrichsen disse apenas que o projeto de marketing para possibilitar a contratação de Adriano é ?baseado em criatividade? e que busca ?apoio de empresas?. Um fator que ajuda o Flamengo nessa negociação é o valor; como o atacante não está vinculado a nenhuma equipe, o clube não precisará pagar multa rescisória. ?A única coisa que eu posso dizer sobre o planejamento é que a estrutura é bem diferente do que foi feito com o Ronaldo. A busca de patrocínio e a procura por apoios para o Adriano são coisas totalmente distintas, que não se comunicam?, ponderou o vice-presidente rubro-negro. O dirigente ainda descartou qualquer temor sobre a imagem ruim do atacante. Nos últimos anos, Adriano tem sido envolvido constantemente em polêmicas por distúrbios de comportamento: ?Eu já achava que não havia uma resistência, e pude comprovar isso quando fui falar com empresas. Ninguém disse que pensava ser ruim se associar a ele?.
Flamengo rechaça seguir modelo Ronaldo
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