Embora tenha sido o terceiro colocado do Campeonato Brasileiro de 2011, inferior à primeira colocação de 2010, porém em situação nada embaraçosa, o Fluminense possui o segundo pior desempenho do país em termos de bilheterias. Em partes em função da ausência de torcida, em partes por causa da gestão aplicada nos últimos anos.
Nas 19 partidas disputadas na condição de mandante, mesmo alternando entre os estádios Engenhão, São Januário e Raulino de Oliveira, a equipe das Laranjeiras acumulou prejuízo de R$ 200 mil. Em outros dois confrontos, clássicos com Botafogo e Vasco, nas quais o time deveria receber parte da renda, houve novo déficit de R$ 15 mil.
O desempenho financeiro nesta temporada contrasta com o ano anterior. O Fluminense havia lucrado R$ 2,9 milhões com a comercialização de ingressos em 2010, então a queda de um ano para o outro foi de aproximados 107%. E, dessa vez, a principal razão pelo decréscimo nem são as penhoras, e sim o montante total arrecadado.
Em 2010, a receita bruta do clube tricolor, quando não são desconsideradas as despesas com manutenção de estádio e pagamento de taxas, foi de R$ 11 milhões. Em 2011, por sua vez, esse valor caiu quase pela metade, para R$ 5,6 milhões. Essa performance fez com que em oito dos jogos realizados em casa houvesse prejuízo.
Mas as deduções da receita líquida, decorrentes de dívidas feitas pelas gestões tricolores, ainda significam uma boa parte desse déficit. Nesta temporada, R$ 1,9 milhão foi deixado de lado por causa dessas pendências. Em resumo, quando o Fluminense não sai com prejuízo por falta de renda, o lucro é extinto por penhoras.
O levantamento feito pela Máquina do Esporte levou em consideração todas as partidas de Campeonato Brasileiro, Copa Kia do Brasil e Estaduais – em relação ao último, apenas jogos dos 20 membros da primeira divisão foram registrados. Os números são fornecidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em boletins financeiros.