Há um discurso comum entre os clubes brasileiros de que a Libertadores não é financeiramente rentável, que os clubes, com os altos custos de viagem, pagavam para atuar no principal torneio sul-americano. Mas, com a premiação em dólar e com rendas potencializadas pelas novas arenas, o Palmeiras sentirá na pele que a máxima não é tão verdadeira assim.
Caso permanecesse na Copa Bridgestone Libertadores, o Palmeiras poderia somar até R$ 30 milhões, se fosse campeão. O número é cerca de 10% do atual faturamento anual da equipe, e fundamental para um time que investiu alto em reforços nos últimos anos. Para a disputa deste ano, por exemplo, o clube chegou a pagar R$ 13 milhões no atacante Erik, pouco conhecido no cenário nacional.
A soma é simples, e a maior parte dela é proveniente da premiação do torneio. Neste ano, a Conmebol aumentou o valor em 40% em relação à temporada anterior. Caso ficasse com o título, seriam US$ 6 milhões, além da quantia recebida na fase de grupos. Considerando o dólar a R$ 3,50, seriam R$ 21 milhões.
O restante vem das altas bilheterias geradas pelo Allianz Parque. Os R$ 9 milhões calculados foram a renda líquida obtida pelo clube a partir das oitavas de final da Copa do Brasil de 2015, na qual o time foi campeão. No jogo das oitavas, a renda foi de R$ 1,7 milhão, valor próximo ao que o clube recebeu em cada partida da fase de grupos da Libertadores.
Na decisão do torneio nacional, a renda líquida chegou a R$ 4 milhões. Com o alto apelo da Libertadores, seria natural que o Palmeiras conseguisse lucrar ainda mais com as bilheterias do torneio.
A conta desconsidera outros possíveis ganhos, como aumento em venda de produtos licenciados e valorização da marca do clube, o que poderia render novos patrocinadores.