Equipes e organização da Fórmula 1 chegaram em São Paulo para a penúltima prova da temporada em clima conturbado nos bastidores. No atual formato, equipes menores consideram a permanência no circuito financeiramente insustentável. Duas delas, Caterham e Marussia, nem entrarão na pista de Interlagos.
A situação foi parcialmente revertida no último GP, nos Estados Unidos, quando outras três equipes, Force India, Sauber e Lotus, ameaçaram não disputar a corrida em boicote à atual distribuição de prêmios. O problema é o atual desequilíbrio; as primeiras colocadas recebem uma parcela consideravelmente maior da verba, o que aumenta a diferença entre os times.
Para acalmar os ânimos das equipes menores, o presidente da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, de comprometeu a mudar a situação. Nesta semana, o jornal britânico “The Guardian” afirmou que a CVC Capital, principal acionista da competição, irá distribuir cerca de R$ 400 milhões para os times em situação financeira mais frágil.
Mas Ecclestone já admitiu até a possibilidade de o circuito do próximo ano contar apenas com 14 carros, ainda que a situação siga indefinida. Mesmo a Caterham e a Marussia, que não devem mais entrar na pista neste ano, já se inscreveram para a competição de 2015. A esperança é conseguir novos investidores, operação que fica mais fácil com a inscrição já feita.
Em tempos de crise, sobrou até para Rubens Barrichello. A Caterham pretendia contar com o piloto neste fim de temporada, mas a retirada da equipe impossibilitou o acordo temporário. Barrichello é o atual líder da Stock Car.