Em novembro do ano passado, em meio à disputa da última prova da temporada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, a Máquina do Esporte informou que a Liberty Media, empresa que administra a Fórmula 1, tinha mais uma novidade para a categoria: a mudança do logotipo após 23 anos. De lá para cá, dois meses se passaram e, agora, a categoria terá que brigar para manter o novo logo.
O motivo é que o conglomerado multinacional de tecnologia norte-americano 3M afirma que utiliza uma arte similar e que a teria registrado bem antes, o que poderia configurar plágio por parte da F1. As informações são do jornal britânico The Telegraph.
“A 3M apresentou um registro de marca registrada para o logotipo da marca Future em 20 de fevereiro de 2017. Além disso, não tivemos nenhuma discussão sobre o logotipo com a outra parte. Estamos investigando esse assunto”, disse um porta-voz da empresa.
O problema está na Letra F. O logotipo antigo da F1 apresentava a silhueta de um número 1 entre uma letra F e as linhas de velocidade opostas a ela. No logo atual, o F é formado a partir de uma faixa curva, com uma linha branca que passa por ela, seguida por uma linha que representa o número 1.
De acordo com a publicação, “o F que está representado no novo logotipo é de uma natureza muito parecida com a marca Future, criada há alguns anos pelo grupo 3M”.
Feito em parceria com a agência britânica Wieden+Kennedy London, o logotipo tem como objetivo dar uma cara mais moderna à categoria e ser mais claro ao público no meio digital. Isso, aliás, é o que a Liberty Media tem tentado fazer desde que assumiu a F1 no final de 2016. O foco é no digital e na tentativa de atrair uma parcela maior do público jovem.
A publicação ainda comenta que, no momento, as chances da F1 perder o braço de ferro são razoáveis, pelo fato da categoria não ter apresentado um pedido para formalizar a criação do logo em novembro, o que daria preferência à 3M. As autoridades ainda estão averiguando o caso e não foi divulgado um prazo para resolução da questão.