FPG busca Lei de Incentivo, mas rechaça facilidade para captar

Reeleito para a presidência da Federação Paulista de Golfe (FPG), Manuel Gama citou os filhos em seu discurso de posse. Agradeceu a eles, principalmente, por cuidarem da empresa da família e liberarem o patriarca para a entidade. Esse perfil de empresário não é exceção entre dirigentes e praticantes da modalidade no Estado. Nem assim, contudo, a instituição admite facilidade para captar recursos via Lei de Incentivo ao Esporte.

No ano passado, a FPG teve três projetos aprovados pelo Ministério do Esporte. A entidade pode captar verba para o Golfe Nota 10, focado em crianças, o Golfe Nota 11, direcionado a atletas jovens, e uma terceira iniciativa cuja meta é desenvolver e aperfeiçoar os treinadores da modalidade.

Os três projetos deram à FPG a possibilidade de pleitear cerca de R$ 1,5 milhão. “Mas não temos nenhuma facilidade com isso, não. É um processo difícil”, disse Gama em entrevista à Máquina do Esporte.

A Lei de Incentivo ao Esporte permite que pessoas físicas doem 6% de seu imposto de renda e que pessoas jurídicas destinem 1% a projetos aprovados pelo Ministério do Esporte. Desde que entrou em vigor, o mecanismo tem como maior gargalo a diferença entre o montante que é liberado pela pasta e o que realmente é transformado em investimento.

Gama usou isso como argumento para mostrar que o golfe não é mais um esporte restrito apenas à elite econômica. Além da dificuldade para amealhar verba, a federação determinou a popularização da modalidade como principal meta dessas iniciativas.

Os três projetos são os maiores focos da FPG para o início da nova gestão. Sobretudo para aproximar a entidade das empresas – atualmente, o modelo mais comum de aporte no golfe é a associação de marcas diretamente a campeonatos.

Outro plano urgente da FPG na nova gestão é ampliar a transparência na gestão da entidade. A meta da instituição é iniciar um processo de publicar na internet seus resultados econômicos.

A nova diretoria da FPG foi eleita para comandar a entidade no próximo triênio. Manuel Gama já ocupa a presidência da instituição há dois anos.

Sair da versão mobile