A França somou apenas um ponto em três jogos e foi eliminada na primeira fase da Copa do Mundo de 2010. Além do fraco desempenho, a equipe europeia deflagrou na África do Sul uma das piores crises de sua história. A sucessão de notícias pejorativas irritou patrocinadores e motivou, segundo o site “Sportcal”, o pagamento de uma indenização à Adidas.
A fabricante de material esportivo tem contrato com a seleção até o fim deste ano. Segundo a Sportcal, a Federação Francesa de Futebol (FFF) teve de desembolsar 1,4 milhão de euros como forma de compensar o desempenho negativo e a crise da Copa.
A decisão da França foi uma forma de afagar a Adidas, mas não deve se repetir com outros patrocinadores. Como o contrato com a empresa de material esportivo é o único que está próximo do fim, a ideia da FFF é compensar seus outros parceiros sem mexer em seu caixa.
Depois da Copa do Mundo, o banco Credit Agricole SA anunciou que retiraria seu aporte à seleção francesa de futebol por não identificar na equipe um comportamento condizente com sua marca. A campanha europeia no torneio de futebol foi marcada por entreveros como a dispensa do atacante Anelka, uma briga entre Gourcouff e Ribéry, jogadores se recusando a treinar e até atletas que não quiseram entrar em campo. O presidente do país, Nicolas Sarcozy, chegou a enviar sua ministra de Esportes à África do Sul para tentar contornar a crise.
Além do Credit Agricole, a companhia de energia GDF Suez ameaçou deixar a França por conta da crise. No início de julho, empresas que investem na equipe nacional chegaram a articular a criação de um bloco para negociar com a FFF e cobrar compensações pela Copa do Mundo.
O mais provável, contudo, é que essas compensações aconteçam apenas como novas propriedades a serem exploradas. A única empresa que receberá algo da França será a Adidas, que deixará a seleção no fim do ano. A companhia alemã será substituída pela rival Nike, que desembolsará 42,6 milhões de euros por temporada por um acordo até 2018.