Futebol brasileiro já paga o preço de ter abandonado o coletivo

Corinthians e Flamengo são os clubes mais populares do país e, logicamente, vão sempre render os melhores índices de audiência. Isso, porém, não pode significar que eles sejam, com sobras, os times com maior exposição na TV aberta durante o Campeonato Brasileiro.

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O futebol brasileiro paga, hoje, o preço da decisão tomada cinco anos antes, quando os clubes optaram por acabar com o acordo coletivo com a TV para brigar pela verba sozinho.

Em busca da falsa impressão de que estavam ganhando muito mais da TV, os clubes perderam exatamente o senso de que, entre eles, não há rivalidade, mas cumplicidade. Especialmente nos negócios!

Flamengo e Corinthians vivem em overdose na telinha, o que reduz a exposição dos outros times e, assim, reduz o valor que eles podem ter em patrocínio e cota de TV. Sem negociar os direitos de forma coletiva, os clubes ficam presos ao argumento de que não conseguem

dar mais audiência para a TV e, assim, cada vez menos vão aparecer nas transmissões do Brasileirão.

O que acontece, aqui, é que quando o clube deu para a TV o poder de decidir o que ela vai mostrar, sem qualquer obrigatoriedade de exposição e promoção do time e do campeonato, ele perdeu a força coletiva.

A mudança é lenta, mas se torna perceptível. As camisas sem patrocínio são uma prova disso. O privilégio a um só na TV, outra evidência.

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