O Qatar, por meio do International Bank of Qatar, fez uma proposta de 13 bilhões de euros para adquirir “certos direitos comerciais” da Serie A, nome dado ao Campeonato Italiano de Futebol, na semana passada. Após alguns dias de expectativa, a oferta foi rejeitada. E pela falta de apenas um voto.
Segundo um protocolo combinado anteriormente, eram necessários 14 votos a favor da venda para que ela se confirmasse. Só que apenas 13 clubes votaram ‘sim’. Os responsáveis por barrar a venda por votarem ‘não’ foram Fiorentina, Inter de Milão, Juventus e Torino. Roma e Napoli não estiveram presentes, e o Sassuolo absteve-se.
De acordo com o jornal La Gazzetta dello Sport, a oferta, que teria validade de 10 anos, seria para garantir ao Qatar “certos direitos comerciais” que não foram tornados públicos. Ainda segundo a publicação, a proposta foi recusada por quatro clubes por conta de informações incertas sobre a possível transação financeira e também pelo fato de que vários clubes que disputam a competição possuem patrocínios ou parcerias menores com outras instituições bancárias.
Apesar de rechaçar o dinheiro vindo do Qatar, a entidade que comanda o futebol italiano sabe que precisa fazer algo diferente para melhorar suas finanças, que andam mal das pernas nos últimos anos.
O primeiro passo já foi dado e consistiu na renovação de contrato com a Nike como fornecedora oficial de material esportivo. O segundo anda um pouco mais complicado. A Federação Italiana tenta forçar um aumento nos valores de direitos de televisão no ciclo 2018/2021 para ter uma receita maior e respirar. As emissoras italianas, no entanto, fizeram propostas bem abaixo do esperado e até o momento continuam firmes em não querer subir os valores já apresentados.