Futebol se une para pedir fim da homofobia nos estádios

Os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro fizeram uma rara ação conjunta na última sexta-feira (30). Por meio de seus perfis em redes sociais, os times divulgaram mensagem contra a homofobia dentro dos estádios de futebol do país. 

“Clubes da Série A se unem pelo combate à homofobia, não somente em campo, mas no dia a dia. São inaceitáveis práticas ainda existentes em nossos estádios: é preciso dar um basta”, destacou a postagem feita pelos times nas redes sociais.

Arte: Máquina do Esporte (com postagens feitas pelos clubes em suas respectivas redes sociais)

O gesto foi tomado quase uma semana depois que o confronto entre Vasco e São Paulo teve de ser interrompido pelo árbitro Anderson Daronco por conta de cantos homofóbicos que estavam sendo feitos pelos torcedores vascaínos.

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A iniciativa dos times também acontece duas semanas depois de o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinar que o canto homofóbico da torcida pode ser enquadrado como ato de preconceito e, assim, fazer com que o time perca os três pontos do jogo que está em disputa.

O lançamento da campanha foi feito de forma distinta apenas por uma equipe. O Fortaleza preparou uma mensagem diferente para o torcedor e anunciou o prolongamento dessa ação para dentro do Estádio Castelão, onde o time manda seus jogos.

A partir do jogo deste domingo (1º), contra o Goiás, o Fortaleza passou a adotar a campanha #SomosPlurais. Nela, o clube cearense defenderá o fim da homofobia.

“Por que gritar pelo ódio se é melhor cantar pelo amor? Esse é apenas um dos motivos pelos quais se deve parar de proferir gritos homofóbicos e preconceituosos nos estádios. Mas, se ainda assim não faz sentido para você, lembre-se dos 3 pontos e CANTE PELO FORTALEZA!”, afirmou o clube, em seu perfil no Instagram.

“Vemos o Fortaleza como um clube plural, pois abrigamos as mais diferentes camadas sociais e culturais. A opção sexual é mais uma parte desta diversidade presente nos clubes de futebol. Sabemos que falamos de um ambiente machista dentro e fora de campo, ao ponto de que uma pessoa chame a outra de ‘bicha’ apenas para ofendê-la. Queremos passar a mensagem de que o Fortaleza abraça todos os seus torcedores, independentemente de sua opção sexual”, disse o vice-presidente do clube cearense, Marcello Desidério.

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