Flamengo e Eike Batista finalmente se acertaram para a locação de um prédio em um terreno do clube, que será transformado em um hotel pela companhia REX, do empresário mineiro. A questão principal do acordo está nas garantias financeiras oferecidas ao clube, que deram conforto aos dirigentes flamenguistas para aprovar a parceria.
No fim de 2011, quando as negociações não avançaram, a condição da REX era de repasse de 1,5% do faturamento do hotel para o clube, mas sem nenhuma garantia de valor mínimo. No contrato assinado com o Flamengo, a porcentagem sobe para 2,6%, mas a questão principal está no repasse garantido, de R$ 270 mil mensais.
O segundo fator que convenceu o conselho flamenguista a aprovar o novo contrato foi a garantia de reforma no prédio, que receberá investimentos de R$ 100 milhões para ter mais de 400 quartos. Além disso, com o acordo o clube ainda teve o perdão de R$ 16 milhões em IPTU, graças a uma anistia aprovada pela prefeitura do Rio de Janeiro com vistas aos Jogos Olímpicos de 2016.
Segundo o presidente do conselho fiscal do Flamengo, Leonardo Ribeiro, as reformas convenceram quem era contra o projeto. “Quem era contra alegava que o fluxo financeiro era fraco. Mas o investimento no patrimônio compensou esse fator”, afirmou.
Além da quantia mensal, o Flamengo ainda receberá um valor pelo aluguel do terreno. Serão R$ 3 milhões pela assinatura do contrato, mas o valor total chegará a quase R$ 18 milhões pelos 25 anos de acordo. Os outros R$ 15 milhões serão pagos ao longo dos próximos anos.