Um evento em São Paulo, na manhã de segunda-feira, transformou a inauguração do primeiro centro para treinamento de atletas paralímpicos numa pequena crise entre o Comitê Paralímpico Brasileiro e o governo do estado de São Paulo.
Idealizador do projeto, erguido com dinheiro dos governos estadual (R$ 118 milhões, além da cessão do terreno) e federal (R$ 187 milhões), o CPB foi colocado em segundo plano no evento. Mas o que mais irritou Andrew Parsons, presidente da entidade esportiva, foi a indefinição sobre o que será do espaço após a sua inauguração.
Em decreto publicado hoje no Diário Oficial do Estado, o governador Geraldo Alckmin concede por um ano o uso, gratuitamente, do espaço para o CPB, apenas para o alto rendimento. Não, há, porém, qualquer menção sobre de quem será a gestão do espaço depois desse período.
Inicialmente havia um acordo para transferir ao CPB a gestão do espaço por um ano, mas com a entidade assumindo o espaço depois. Mas, após o evento de ontem, Parsons afirmou que deixava o local “cheio de dúvidas”, sem dar mais detalhes. O governo estadual afirmou que pretende contar com o CPB num processo futuro para gerenciar o centro, mas também não deu detalhes.