Golfe brasileiro não teme ?efeito Woods?

Confirmado como uma das novidades no programa esportivo das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro (a outra será o rúgbi), o golfe vivia um momento de ascensão no Brasil. Então veio o esc”ndalo envolvendo o norte-americano Tiger Woods, principal atleta e grande referência para o mercado publicitário na modalidade. Contudo, as autoridades nacionais ainda não temem que o caso tenha repercussão no país sul-americano. Woods foi o primeiro nome do esporte mundial a atingir a cifra de US$ 1 bilhão entre premiações e contratos de patrocínio. Pouco tempo depois de chegar a essa marca, envolveu-se em um acidente automobilístico que deflagrou uma série de denúncias sobre relações extraconjugais. Na última semana, depois de admitir em carta que havia traído a esposa, o golfista decidiu afastar-se do circuito por tempo indeterminado. Mais do que o problema moral envolvendo o caso, o que causou mais impacto foi a reação de alguns dos patrocinadores de Woods. O norte-americano era visto como a figura mais confiável do golfe para qualquer marca, mas já perdeu contratos com Gatorade e a consultoria Accenture. A Gillette anunciou uma redução na exposição dele, e os anúncios com presença do atleta começaram a minguar. ?Lamentamos o fato e esperamos que ele consiga recuperar a vida, que volte a dar alegrias para o golfe, mas entendemos que foi algo pessoal, sem ingerência de nenhuma esfera organizacional, e isso vai ser tratado na esfera pessoal?, disse Wilson Nogueira, diretor de marketing da Confederação Brasileira de Golfe. A aposta no Brasil é que a credibilidade de Woods pode ter sido abalada, mas isso não vai afastar patrocinadores do golfe como esporte. Sobretudo por conta da confirmação da inclusão da modalidade nas Olimpíadas. Essa noção ficou clara para Nogueira em função da época em que o esc”ndalo aconteceu. O golfe nacional acaba de definir seu calendário para 2010. Nos últimos dias, o diretor tem feito reuniões com agências para tentar incrementar os parceiros da confederação ? a lista atual conta com HSBC Premier, Gillette e Credit Suisse. Nesse período, por exemplo, a Confederação Brasileira de Golfe fechou um acordo com a marca Callaway para cessão de material esportivo aos jogadores juvenis que representarem o Brasil em competições internacionais. O patrocínio foi assinado por um ano e faz parte de um projeto de capacitação desses jovens com vista para as Olimpíadas de 2016.

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