Grandes da Argentina correm em busca de migalhas

A união de Boca Juniors e River Plate em busca de patrocínios conjuntos muito mais do que mostrar uma evolução no mercado argentino, demonstra o enfraquecimento das marcas dos dois clubes. Apesar de atraírem muitas empresas no mercado local, os grandes bonaerenses têm que se contentar com migalhas.

Vejamos: hoje, tanto Boca como River têm como patrocinador master o banco BBVA Francés. Para ter o direito de estampar seu logotipo nas duas camisas, a instituição financeira assinou contrato para desembolsar US$ 10,5 milhões por três temporadas. Fazendo a conversão, isso representa R$ 8,4 milhões por ano. Muito?

No Brasileirão, xeneizes e milionários (sem nenhuma ironia) teriam orçamento pouco maior do que os de times médios daqui. Coritiba, Atlético-PR, Sport e Vitória recebem um pouco menos: R$ 6 milhões anuais da Caixa Econômica Federal. Boa parte dessas equipes tem flertado com a zona do rebaixamento.

Detentores da marca “O Clássico Mundial”, os arquirrivais argentinos hoje arrecadam apenas um naco do que recebem Corinthians (R$ 30 milhões) e Flamengo (R$ 25 milhões), que também estampam o logo da Caixa na camisa.

Pelos direitos de TV, principal fonte de renda das equipes, os dois clubes de maior torcida no Brasil amealharam R$ 100 milhões em 2014. A cota mais baixa entre as agremiações que faziam parte do Clube dos 13 está em R$ 30 milhões. Isso é mais do dobro do que recebe o Boca, o líder da tabela entre os hermanos, pelos direitos de TV.

 

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