Grêmio irá começar a “vender” arena em setembro

Estádio terá 60 mil lugares e seguirá padrão Fifa, mas não terá Copa

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Com 25% das obras concluídas, segundo levantamento mais recente, a Arena do Grêmio é uma das mais avançadas em termos de construção no país, mesmo entre os estádios que devem receber partidas da Copa do Mundo em 2014. A comercialização de propriedades do estabelecimento, contudo, só irá começar em setembro.

“Fizemos pesquisas antes de começar a construção e descobrimos que os ativos valem mais quando falta apenas um ano para a conclusão das obras”, justifica Eduardo Antonini, vice-presidente do clube gaúcho e presidente do Grêmio Empreendimentos, braço da equipe responsável pela arena, à Máquina do Esporte.

Algumas empresas já manifestaram interesse em comprar camarotes e outros espaços na futura casa gremista, segundo o dirigente, mas não é comercialmente interessante vender essas propriedades com menos de 40% da obra concluída. “Nossa cultura sempre valoriza o que é palpável, que dá para ver”, completa.

Por essa razão, o plano de negócios, com todos os ativos que serão vendidos pelo Grêmio, será apresentado oficialmente no mês de setembro. A OAS, construtora que está trabalhando em parceria com os gaúchos, irá auxiliá-los na definição e valoração das propriedades a serem comercializadas naquele mês.

A OAS é responsável por custear a construção da arena, orçada em R$ 400 milhões. Em contrapartida, irá receber o terreno do atual estádio do Grêmio, o Olímpico, no qual irá construir um condomínio residencial de luxo, e terá concessões por 20 anos para explorar comercialmente determinadas propriedades dentro e fora da arena.

Quando o estádio estiver pronto, algo previsto para dezembro de 2012, uma joint-venture formada por Grêmio e OAS, denominada Arena Porto-Alegrense, irá administrá-lo. O clube receberá renda fixa de R$ 7 milhões por ano e mais todo o faturamento do local por sete anos.

Durante os 13 anos seguintes, o Grêmio receberá R$ 14 milhões anuais e mais 65% de toda a renda do estádio, enquanto os outros 35% serão destinados à OAS. Depois desses 20 anos, a gestão do estabelecimento será totalmente repassada ao clube gaúcho.

Vale lembrar que a Arena do Grêmio não está nos planos da Fifa para a Copa de 2014, embora esteja com as obras mais avançadas do que muitos outros Estados. São Paulo e Rio Grande do Norte nem sequer começaram a construção das respectivas arenas.

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