Grupo chinês compra 70% da Inter de Milão por mais de R$ 1 bilhão

Zhang Jingdong (centro), do Grupo Suning, novo dono da Inter

O grupo chinês Suning anunciou a compra de 70% da Inter de Milão por € 270 milhões (R$ 1,083 bilhão). É o segundo clube vencedor da Liga dos Campeões que passa a ser controlado pelos chineses, após a recente venda do Aston Villa para o Recon Group.

O negócio foi divulgado em uma coletiva de imprensa em um luxuoso hotel de Nanquim (leste da China), na presenta dos presidentes da Inter, Erick Thohir, e do Suning, Zhang Jingdong, além de Javier Zanetti, vice-presidente do clube italiano, e Michael Bollingbroke, conselheiro da equipe.

A venda aconteceu ao longo do último fim de semana, na sede da empresa, que começou como fábrica de eletrodomésticos, mas nos últimos anos diversificou negócios com investimentos nos setores imobiliário e financeiro, convertendo-se na terceira maior firma privada da China.

“Estamos convencidos de que a imensa influência da Inter no mundo fará da Suning uma marca muito conhecida internacionalmente”, afirmou Zhang, após o anúncio.

Thohir, empresário indonésio que se converteu em sócio majoritário da Inter em 2013, contou que a operação “ajudará a desenvolver o futebol italiano globalmente” e mostra que o esporte “já não tem fronteira”.

A Inter, com 108 anos de história e detentora de 18 títulos do Campeonato Italiano e três troféus da Liga dos Campeões, passa a ser o mais importante clube europeu nas mãos de uma empresa chinesa. Há duas semanas, o grupo Recon, presidido por Tony Jiantong Xia, tornou-se controlador do Aston Villa, recentemente rebaixado à segunda divisão da Inglaterra, por € 78 milhões.

Em 1978, a Inter foi um dos primeiros times europeus e o primeiro clube italiano a jogar um amistoso na China. Thohir prometeu que a experiência será repetida nos próximos cinco anos.

A imprensa italiana havia especulado que a aquisição de mais de dois terços do clube da Lombardia ia custar à Suning entre € 700 milhões e € 750 milhões, o triplo da cifra anunciada.

No ano passado, a ofensiva de empresas chinesas no futebol europeu começou com a compra de 20% do Atlético de Madrid por parte do Grupo Wanda, gigante do setor imobiliário e do entretenimento, por € 45 milhões.

O mesmo valor foi gasto meses depois pelo Grupo Rastar para adquirir 45,1% do Espanyol. A empresa ainda espera comprar o restante do clube da Catalunha. 

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