Guarani ganha sobrevida com venda de Brinco de Ouro

O Brinco de Ouro da Princesa é um dos maiores símbolos do Guarani, time centenário de Campinas, mas, nos próximos anos, ele deverá deixar de existir. Em leilão realizado na sede da Justiça Federal, a empresa Magnum adquiriu o estádio por R$ 44 milhões.

Ainda que perca seu tradicional estádio, a quantia deverá assegurar a existência do clube. O valor será usado para que o Guarani arque com uma série de dívidas trabalhistas, acumuladas nos últimos anos.

A Magnum, na verdade, é parceiro do clube de Campinas. Roberto Graziano, presidente do grupo, é pessoalmente próximo do presidente do time, Horley Senna.

Todo o complexo do Brinco de Ouro, localizado em região nobre de Campinas, está avaliado em R$ 320 milhões. Esse foi o valor que a Magnum se comprometeu a investir no clube. Além dos R$ 44 milhões já destinados ao Guarani, os R$ 276 milhões restantes serão repassados para o pagamento de outras dívidas.

O que sobrar da quantia será investido em um centro de treinamento, uma nova sede social e uma arena multiuso, complexo que substituirá o Brinco de Ouro da Princesa. Em troca, a Magnum poderá transformar o terreno do estádio em um projeto imobiliário, com hotel, centro de convenções e shopping.

Para o Guarani, a venda a um grupo parceiro foi um alívio. Caso outro grupo conseguisse comprar o terreno no leilão, o clube ficará apenas com o valor arrecadado, muito abaixo do mercado, sem sede, sem estádio e ainda com uma série de dívidas.

Ainda assim, a operação não foi uma unanimidade dentro do clube. O presidente do conselho do clube, Paulo Souza, quer embargar a venda do estádio. Alega que o valor de R$ 320 milhões está abaixo do que realmente vale o terreno. O dirigente também ponderou se Roberto Graziano realmente pagará a diferença de R$ 276 milhões.

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