Hyundai “insere” Cristo Redentor a time de atletas olímpicos

A aproximação dos Jogos Olímpicos de 2016 tem feito com que as empresas, patrocinadoras do evento ou não, façam suas apostas para tentar destaque no país.

Geralmente, a saída encontrada é contratar atletas que possam ter chance de destaque em 2016.

A Hyundai, porém, inseriu um ícone da cidade do Rio de Janeiro no seu “time de atletas”. A montadora coreana vai patrocinar o Cristo Redentor até 2017.

A empresa anunciou ontem, em evento no Rio de Janeiro, um acordo para fornecer conexão de internet gratuita aos quase 3 milhões de visitantes do Cristo. Além do ponto turístico, vai apoiar os atletas Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e os arqueiros Marcus Vinícius D’Almeida e Andrey Muniz de Castro.

“A gente já queria fazer uma ação com grandes ícones do país. E o que 99% das pessoas que vêm ao Rio de Janeiro fazem? Visitam o Cristo e querem compartilhar isso. Mas não tinha conexão de internet”, diz Cassio Pagliarini, diretor de marketing da Hyundai.

Ao oferecer o wifi no Cristo, a empresa não viola regras do COI de patrocínio olímpico. Para fazer conexão com o evento, a saída foi buscar o patrocínio a atletas.

A escolha do tiro com arco foi feita pela relação da Hyundai com o esporte na Coreia do Sul, sede da empresa. Já a duplista da vela foi uma oportunidade.

“Os atletas coreanos são o grande expoente do esporte. E a Hyundai trabalha com o tiro com arco lá. Há várias coisas que você pode associar no esporte quando faz uma mensagem publicitária. Já as meninas da vela foi a oportunidade de pegar gente que está na crista da onda e que é jovem. São pessoas da idade que temos conquistado com o HB20”.

Até 2017, a empresa pretende usar os atletas em campanhas para o meio digital e eventos. O foco é construir histórias que relacionam os carros da marca com a batalha diária deles no esporte.

“Apoiar atletas é promover histórias de vida”, diz William Lee, presidente da Hyundai no Brasil.

O contrato, inicialmente de dois anos, só não foi maior por conta do momento de queda de vendas do mercado de automóveis.

“A gente gostaria de ter uma relação mais perene. O que acontece é que o mercado brasileiro está passando por uma crise violenta, então estamos aplicando muito hoje em varejo. Mas a ideia é apoiar essas pessoas porque nós acreditamos que elas passam das Olimpíadas. A Olimpíada é a primeira grande competição internacional deles”, diz Pagliarini.

Segundo o executivo, a marca deve investir o dobro da verba de patrocínio em ativações. Uma das ideias é fazer com que o esporte seja inserido em ações para o consumidor. Uma delas pode ser filhos de clientes tendo de praticar tiro com arco em lojas.

* O repórter viaja ao Rio de Janeiro a convite da Hyundai

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