Na manhã desta quarta-feira, o Ibope apresentou à imprensa a pesquisa “Educação Física nas Escolas Públicas Brasileiras”. O documento foi um pedido da parceria formada pela a ONG Atletas pela Cidadania, o Instituto Ayrton Senna e o Instituto Votorantim, braço da empresa voltado para ações sociais.
A ideia do grupo era fornecer dados sobre a educação física nas escolas brasileiras a fim de que se crie políticas para melhorar a qualidade desse segmento na educação do país. A razão do levantamento está na proximidade de megaeventos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
A pesquisa foi de caráter opinativo e abrangeu 458 escolas espalhadas pelo Brasil. No fim de 2011, as questões foram feitas para o professor de educação física e o diretor ou vice-diretor de cada instituição.
Na pesquisa, foram avaliadas as capacitações dos professores e as estruturas das escolas. Segundo o Ibope, 30% das escolas não oferecem espaço para os alunos praticarem esporte. Mais da metade não possui um vestiário e 13% não têm nem mesmo uma bola de futebol.
Quanto à formação dos professores, 44% dos entrevistados possuem graduação e especialização, mas 6% têm apenas o ensino médio. Desse segundo grupo, 82% estão em zona rural e 74% estão no nordeste brasileiro.
Outro fator observado foi o número de frequência dos alunos às aulas. Segundo 41% dos professores, alguns alunos faltam muito nas atividades propostas. Para o Ibope, isso representa ou falta de motivação dos professores ou que essa motivação não se traduz em aulas atraentes.