O Iguassu Falls Golf Club decidiu criar um torneio amador de golfe em outros campos pelo país com o objetivo de estimular o turismo em torno da modalidade. A partir deste sábado (21), a primeira edição do circuito Golfe Brasil terá início no Terras de São José Golfe Clube, em Itu (SP). O circuito terá ainda o Olympic Golf Course, no Rio de Janeiro (26 de outubro), o Aquiraz Riviera, no Ceará (23 de novembro), e se encerra em Foz do Iguaçu, no Paraná (7 de dezembro).
“O principal objetivo do circuito é unir o esporte ao turismo, promovendo a interação de jogadores de estados diferentes, enquanto divulgamos os clubes e as empresas parceiras do circuito. Foz do Iguaçu é uma cidade com um atrativo turístico muito grande e, ao promovermos a final do circuito no Iguassu Falls Golf Club, potencializamos o aumento do fluxo turístico de golfe”, disse Miguel Palhota, diretor do Iguassu.
Foto: Divulgação
Em 2020, a ideia é que o circuito tenha seis etapas, incluindo também o Distrito Federal e Santa Catarina. No ano seguinte, serão oito etapas, com Bahia e Rio Grande do Sul entrando no calendário.
“Decidimos criar o circuito de forma a envolvermos mais empresas parceiras, como a própria Confederação Brasileira, e com isso fortalecer o circuito e aumentar a credibilidade”, acrescentou Palhota.
A cada partida serão ofertados prêmios aos atletas e ainda viagens para a etapa seguinte na categoria “nearest to the pin”. Já o campeão do circuito irá a Portugal durante cinco dias com acompanhante e com direito a cinco green fees em campos da rede de hotéis da rede Dom Pedro Hotels, no Algarve. A passagem aérea será em classe executiva da TAP.
Leia abaixo a entrevista com Miguel Palhota:
Máquina do Esporte: Por que a ideia de promover o torneio, já que não necessariamente o atleta vai escolher o campo do Iguassu para o destino de viagem depois?
Miguel Palhota: O principal objetivo do circuito é unir o esporte ao turismo, promovendo a interação de jogadores de estados diferentes, enquanto divulgamos os clubes e as empresas parceiras do circuito a nível nacional. Foz do Iguaçu é uma cidade com um atrativo turístico muito grande e ao promovermos a final do circuito no Iguassu Falls Golf Club potenciamos o aumento do fluxo turístico de golfe.
ME: De que forma a empresa consegue se promover como destino turístico para o golfista?
MP: Atualmente, o Iguassu Falls Golf Club promove um circuito anual chamado Iguassu Golf Tour, que é composto por 12 torneios, um por mês, e que tem como principal meta a união dos jogadores da Tríplice Fronteira. Temos também vários jogadores de outros estados que pontualmente participam das etapas e que aproveitam a oportunidade para conhecer a cidade e o hotel, e acabam unindo o golfe ao lazer e turismo.
ME: Por que a decisão de fazer um torneio envolvendo os atletas amadores, e não uma simples campanha de mídia?
MP: As campanhas de mídia já fazemos habitualmente, mas desta vez decidimos criar o circuito de forma a envolvermos mais empresas parceiras, como a própria Confederação Brasileira de Golfe (CBGolfe), e com isso fortalecer o circuito e aumentar a sua credibilidade.
ME: Como vocês enxergam hoje o mercado do turismo de golfe no país?
MP: O golfe nacional ainda é pouco representativo, mas com um potencial de crescimento muito grande. A vantagem de trabalhar e captar este mercado é que o golfista é conhecido por gastar em média quatro vezes mais do que o turista de lazer. Com a decisão do governo brasileiro de dispensar os vistos para turistas dos Estados Unidos, Canadá e Japão, temos verificado um aumento da procura destas nacionalidades, uma vez que são países que contam com um elevado número de golfistas, e isso nos beneficia diretamente.
ME: O fato de o esporte ainda ser muito nichado interfere na viabilidade de mais projetos de campos de golfe no país?
MP: O Brasil precisa desmistificar a ideia de que o golfe só serve os interesses de uma elite. É um esporte que pode trazer muitos benefícios quando associado à área hoteleira e principalmente à área imobiliária. O Brasil ainda tem muito espaço para crescer e com o recente desenvolvimento de grama sintética de última geração, vão acabar surgindo mais campos de golfe híbridos e sustentáveis, de baixo custo de construção e manutenção. Um dos principais problemas que observamos no Brasil é o elevado custo da manutenção dos campos de golfe e o baixo número de jogadores. No Nordeste, contamos ainda com o problema da água, o que inviabiliza o aparecimento de mais campos de golfe. Por isso, acreditamos que futuramente a grama sintética vai desempenhar um papel muito importante nessas regiões e poderá viabilizar a construção de mais projetos.