Imposto pode parar Espanhol

A Liga de Futebol Profissional (LFP), entidade responsável pelo Campeonato Espanhol, pode convocar uma greve geral em virtude da revogação da ?Lei Beckham? e o consequente aumento de impostos para trabalhadores estrangeiros no país, o que pode diminuir o fluxo de estrelas internacionais no torneio. Pelo projeto de lei, que ainda será votado, os trabalhadores estrangeiros residentes na Espanha com renda anual superior a 600 mil euros (R$ 1,5 milhão) terão 43% dos ganhos retidos na fonte. O percentual é quase o dobro do vigente, que é de 24% A lei que leva o nome do ex-jogador do Real Madrid foi aprovada em 2002 para facilitar a contratação de profissionais qualificados por quantias vultosas. A modificação, pendente de aprovação no Congresso, entraria em vigor em 1° de janeiro de 2010, sem caráter retroativo. “Ao futebol espanhol, a mudança do regime especial pode criar uma fratura de cem milhões de euros (R$ 257,7 milhões). No caso da lei ser aprovada, haverá de se tomar o caminho de enfrentar essa decisão, chegando a ter de parar a competição”, afirmou José Luis Astiazarán, presidente da LFP. Em entrevista à rede ?Telecinco?, o dirigente confirmou a realização de uma assembleia extraordinária na próxima sexta-feira para definir o futuro da competição. ?Esse é um regime fiscal especial que permitiu a chegada de estrelas estrangeiras à nossa Liga, o que beneficia tanto os torcedores quanto as esferas públicas?. A medida também foi criticada pelo presidente do Barcelona, Joan Laporta. ?Essa ação prejudica o futebol espanhol e pode fazer com que jogadores de muito talento pensem antes de vir para cá?. Entre os políticos, no entanto, a repercussão é diferente. A ministra da Economia espanhola, Elena Salgado, rechaçou os argumentos da LFP. ?Seguirá sendo uma competição estupenda. A situação atual não é muito racional, já que o marco fiscal não se desenhou para os futebolistas, e sim para os cientistas, criadores, para aqueles que ficariam na Espanha por menos de cinco anos?.

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