O Independiente está sem patrocinador máster. O atual campeão da Copa Sul-Americana e maior campeão da história da Libertadores decidiu largar o patrocínio do serviço postal privado OCA e já está jogando sem estampar a marca em seu uniforme. O motivo é uma dívida de 40 milhões de dólares que a empresa tem com o clube.
O problema, no entanto, é um pouco mais complexo. A OCA está ligada à família Moyano, em especial a Hugo Moyano, atual presidente do clube argentino, que está no cargo há três anos e meio e já foi reeleito até o final de 2021.
Em situação financeira bastante complicada, a OCA não conseguiu cumprir suas obrigações e deixou a oposição do clube inconformada com a reeleição. Especula-se até sérios problemas políticos nos próximos meses e a possibilidade do fechamento da empresa por parte do governo argentino.
De acordo com a imprensa argentina, não é a primeira vez que o clube decide largar o patrocinador. A situação da OCA já era complicada em 2016, e o Independiente teria chegado a prospectar o mercado atrás de um substituto para o início de 2017. À época, no entanto, a tentativa não teria dado certo.
Agora, um ano depois, com o título da Sul-Americana, consagração internacional após bastante tempo e fechando com uma receita acima do que esperava, o clube tomou uma decisão definitiva. Outro motivo é que, de um ano para o outro, nada mudou. Na verdade, mudou, mas para pior, afinal a empresa continuou sem pagar o que prometera, e a dívida chegou aos 40 milhões de dólares.
Segundo o site argentino Doble Amarilla, com a saída da OCA, existem três interessados em estampar a parte da frente da camisa do Independiente. A Pirelli e a Motomel (que já foi patrocinadora máster do clube entre 2009 e 2012) correm por fora. O favoritismo no momento é do Grupo Márquez, empresa varejista que lida com todo tipo de produto, em especial de tecnologia, e que também já foi a principal patrocinadora do clube entre 2006 e 2009.