Quem imaginava que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro fossem consolidar o modelo de arrecadação de verba de mídia dos grandes players das redes sociais, como Google, Facebook e Twitter, provavelmente terá uma surpresa ao ver que, nos Jogos de 2016, são os influenciadores digitais que estão faturando para espalhar o espírito olímpico entre os fãs mais conectados.
Sejam patrocinadoras dos Jogos ou não, as empresas têm buscado esses influenciadores para tentar encontrar e conversar com o público jovem.
“É algo diferente de contratar uma celebridade e colocá-la na publicidade da televisão. Com os influencers, você traz uma audiência acoplada, com um conteúdo consistente e genuíno. E ainda chega a um público que dificilmente é atingido pela mídia tradicional”, diz Márcio Parizotto, diretor de marketing do Bradesco.
O banco contratou seis influenciadores, atingindo diferentes tipos de público. Eles rodam os eventos e o Parque Olímpico, gerando conteúdo sobre o que estão vivenciando e que são veiculados em seus próprios canais.
“O conceito, formato e estética do conteúdo são feitos especificamente para o canal próprio [do influencer]”, diz Parizotto.
Sem patrocinar a Olimpíada, a Adidas tem mais de uma dezena de influenciadores digitais, como a Youtuber Kefera. Outra que aposta nesse tipo de conteúdo é a Skol, que tem oferecido convites a influenciadores para acompanhar os Jogos e compartilhar conteúdo das baladas da marca pelo Rio de Janeiro.
Até mesmo a NBA, que tem uma casa de relacionamento no Rio, chamou 17 influenciadores para ações dentro da casa.
Os cachês dos influenciadores variam. Podem ir apenas do convite para ir ao evento e relatar isso em seus canais digitais até a alguns acordos mais parrudos, que beiram R$ 100 mil por mês.
Produzindo um conteúdo livre, de alto engajamento com o público jovem, os influenciadores viraram uma alternativa à propaganda tradicional no Rio 2016.