A derrota da candidatura inglesa no processo de escolha das sedes das duas próximas edições da Copa do Mundo deve representar um baque para o turismo esportivo no Reino Unido. Os brit”nicos pretendiam ter o torneio de futebol como protagonista em um projeto para incrementar o fluxo de pessoas na região em função de megaeventos.
A Inglaterra já possui um calendário extenso de eventos esportivos para os próximos anos. Londres receberá os Jogos Olímpicos de verão em 2012, e o país sediará os mundiais de rúgbi (2015) e Críquete (2019). A Copa do Mundo de 2018 completaria esse calendário.
“A Inglaterra está se consolidando como um destino para experiências relacionadas ao esporte. Temos uma agenda cheia nos próximos dez anos, mas é óbvio que estamos desapontados por não colocar a Copa do Mundo nesse projeto”, comentou James Berresford, diretor-executivo da agência oficial Visit England.
A expectativa da Visit England é que o turismo para eventos esportivos atinja nesta década uma movimentação de 2,3 bilhões de libras (R$ 6,1 bilhões) a cada temporada. A Copa do Mundo seria um fator para elevar a projeção.
“O que faz a situação ser desesperadamente triste é que tivemos a melhor proposta técnica de acordo com a Fifa. Não havia riscos ou problemas em fazer a Copa do Mundo na Inglaterra”, disse David Cameron, primeiro-ministro do país europeu, depois da derrota desta quinta-feira.
A Inglaterra foi o primeiro país eliminado na votação para escolha da sede da Copa do Mundo de 2018, com apenas dois votos na rodada inicial. A Rússia, na segunda fase, ficou com o direito de organizar o torneio.
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