O Internacional e a Andrade Gutierrez estão muito próximos de assinar contrato para reformar o estádio Beira-Rio, no intuito de inseri-lo entre as sedes da Copa do Mundo de 2014. A expectativa é de que nas próximas duas semanas os detalhes que impedem o acerto, como localização de algumas cadeiras, sejam resolvidos.
A construtora irá custear parte da obra, orçada em aproximadamente R$ 230 milhões, e terá em contrapartida determinadas propriedades comerciais do estádio para explorar. Dentre elas, estão suítes, cadeiras VIP, shopping center e edifício, cujas receitas serão repassadas integralmente para a companhia por período de 20 anos.
Esse acordo, na verdade, gerou discord”ncia entre dirigentes do Internacional no início do ano. Quando Aod Cunha foi contratado para o cargo de executivo-chefe, em janeiro, ele esteve responsável por convencer o conselho deliberativo a incluir construtora no negócio, pois, a princípio, o clube gaúcho iria bancar os gastos solitariamente.
À época, o orçamento ainda estava em torno de R$ 155 milhões, e a agremiação pretendia reformar o Beira-Rio com recursos próprios. Aproximadamente R$ 70 milhões foram adquiridos por meio da venda do Estádio dos Eucaliptos. O restante seria obtido com a comercialização de camarotes da arena, mas o modelo malogrou.
“A certeza que temos hoje é de que teremos construtora, sim, e há grande probabilidade de que seja a Andrade Gutierrez”, explica Luis Anápio, vice-presidente financeiro do Internacional, à Máquina do Esporte. “Depois de concorrência que fizemos entre algumas construtoras, faltam apenas detalhes para formalizar o contrato”.
A chegada de construtora repete o que outros clubes brasileiros tiveram de fazer para reformar suas arenas. O Atlético-PR está analisando a entrada de construtora para viabilizar a Arena da Baixada na Copa de 2014, enquanto Palmeiras e Grêmio acertaram com WTorre e OAS, respectivamente, sem perspectivas de sediar o Mundial.