A cidade de Jerusalém abriga, nesta sexta-feira, a sexta edição da Maratona de Jerusalém. Prova criada por decisão do prefeito Nir Barkat para explorar pontos históricos e turísticos da cidade, a maratona tenta agora conseguir fazer Jerusalém depender menos do turismo religioso.
“Tem uma grande comunidade que vem para cá pela questão histórica, religiosa. Mas você tem milhares de corredores que vêm aqui durante mais de uma semana, com a família, com os amigos. Isso é muito bom para o negócio. Aqui não é só religião. Tem várias outras coisas”, afirma Amir Halevi, diretor geral do Ministério do Turismo.
Para a edição deste ano, são esperados 26 mil corredores, dos quais cerca de 2 mil na maratona, 4,5 mil na distância de 21km, 9 mil atletas para 10km e o restante divididos em provas de 5km para atletas profissionais e para famílias.
Desse total, cerca de 10% é composta por corredores estrangeiros. O número é celebrado pelo governo israelita, que vê no aumento da promoção da prova com jornalistas do mundo todo uma das chaves para tentar reduzir o preconceito em relação à violência do país e, assim, atrair cada vez mais corredores estrangeiros.
“A corrida é muito importante, porque ela acontece num momento em que o turismo está menos aquecido na cidade”, complementa Halevi.
Na edição de 2016, o grande destaque é a China, que se tornou o terceiro país com o maior número de representantes, atrás de Estados Unidos e Inglaterra. Serão 160 corredores chineses. No ano passado, eram apenas três. O Brasil terá 28 corredores.
* O repórter viaja a convite do governo de Israel