Chegou ao fim a disputa que vinha ameaçando a realização da próxima temporada da liga profissional de futebol americano (NFL). Os jogadores aprovaram por unanimidade um novo contrato de trabalho para a competição, com duração de dez anos, e encerraram o locaute.
O contrato de trabalho era o cerne de uma discussão entre jogadores e donos de franquias. Trata-se de um documento que rege os acordos individuais assinados na liga – é ele que determina, por exemplo, o limite de gastos de cada equipe e o percentual de acordos publicitários que deve ser destinado aos atletas.
Com o término do antigo contrato, jogadores exigiram uma participação maior nos US$ 9 bilhões que a liga amealha por ano com vendas de direitos de mídia. Em contrapartida, os donos de franquias queriam aumentar o limite de gastos e reduzir os custos de manutenção das equipes – sobretudo com pagamento de salários de atletas.
A diferença de anseios evoluiu até o locaute, bloqueio de estádios e campos de treino feito pelos donos de franquia. Isso comprometeu parte da pré-temporada e da preparação das equipes.
Na quinta-feira, 31 dos 32 proprietários de times aprovaram um novo modelo de contrato de trabalho – houve uma abstenção. Eles tinham expectativa que os jogadores acatassem a proposta ainda na sexta-feira, mas a votação entre atletas foi realizada apenas na segunda.
Com a aprovação dos jogadores, um novo contrato de dez anos vai ser assinado. O novo acordo dará uma série de vantagens para atletas, mas aumentará de 50% para 53% o percentual destinado aos donos de equipes do total arrecadado com venda de mídia.
Os treinos da NFL devem ser reiniciados ainda nesta semana. As franquias também começarão a assinar contratos com novos atletas.