Jogos unificam modo de torcer ao redor do mundo

Bar em Dusseldorf, na Alemanha

Nenhum outro evento do mundo coloca tão diferentes nacionalidades em um mesmo aspecto cultural como os Jogos Olímpicos.

A Máquina do Esporte esteve, no último fim de semana, em um encontro de jornalistas para acompanhar a Supercopa da Alemanha, a convite de Fox, na cidade de Dortmund. E aproveitou para ver como o Rio 2016 tem sido visto longe do Corcovado.

A conclusão mescla algum conforto com uma certa frustação: o modo de acompanhar os Jogos Olímpicos é muito parecido. O assunto é obrigatório, e todos se tornam fanáticos quando há um compatriota em disputa.

Em Düsseldorf, uma das capitais da moda na Europa, milhares aproveitam o sol de agosto à margem do Rio Reno. E nos bares regados à cerveja, os Jogos Olímpicos ocupam os telões. Se há um alemão, a empolgação é dobrada. Na segunda-feira, a torcida era desse jeito, mas nada com o popular futebol. Na tela, a disputa era pelo tênis de mesa. A modalidade é tão querida no país que o mesatenista Timo Boll foi porta-bandeira do país na abertura. 

O futebol, por sinal, merece um destaque. No Brasil, há um senso comum de que a mídia não dá muita atenção a outros esportes. Uma passada rápida pelos jornais europeus e há uma conclusão latente: no velho continente, a situação é ainda pior. Tanto na Alemanha quanto na França, a modalidade chega a ter mais destaque que os Jogos, mesmo sem a temporada ter começado.

Entre os jornalistas presentes, o sentimento patriota era o mesmo que ronda os brasileiros. Um profissional de Cingapura não escondia a felicidade. Joseph Schooling bateu Michael Phelps na natação e se tornou o primeiro atleta do pequeno país a conquistar uma medalha de ouro. “Herói nacional?”, perguntei. “Esse aí já pode se aposentar”, brincou.

Por outro lado, um colombiano não escondia a chateação. O boxeador Yuberjén Martínez era a esperança de mais um ouro para o país. Perdeu o ouro na categoria de 49 quilos, e se tornou o maior atleta da modalidade da história do país colombiano. Mas, assim como acontece no Brasil, aparentemente há uma exorbitante diferença entre a primeira e a segunda colocação nos corações dos colombianos.  

*O jornalista viajou a convite do Fox Sports

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