Joseph Blatter deixou a presidência da Fifa, cargo ocupado pelo suíço desde 1998. A entidade convocará novas eleições, que estão marcadas para acontecer entre dezembro de 2015 e março de 2016.
Na última sexta-feira, o dirigente havia sido reeleito ao cargo, após derrotar o opositor Ali Bin Al Hussein por 133 a 73. O adversário, que é príncipe da Jordânia, desistiu de realizar novo turno de votação.
Blatter, porém, não resistiu aos últimos escândalos que abalaram a Fifa. Dias antes do evento, sete membros do congresso da entidade, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos em ação da polícia suíça, a mando do FBI.
Em pronunciamento feito nesta terça-feira, Blatter não conseguiu se distanciar das questões que envolveram a Fifa. “Nós não temos controle sobre todas as confederações, mas elas estão diretamente ligadas à Fifa”, declarou.
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Na segunda-feira, outra notícia abalou os dirigentes. O jornal The York Times divulgou que investigações apontam corrupções envolvendo o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, braço-direito de Blatter. Segundo a publicação norte-americana, o executivo teria pagado US$ 10 milhões a Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, para o dirigente votar na África do Sul na eleição para sede da Copa do Mundo de 2010.
Agora, a Fifa se encaminha para se reestruturar. Em comunicado, o próprio porta-voz da entidade, Domenico Scala, questionou os últimos acontecimentos: “Essas reformas vão incluir mudanças fundamentais no modo como a organização é estruturada”.