Judô celebra “privatização” de aporte

“Hoje não temos mais que aprovar o projeto para então ir atrás da verba. Agora já temos a verba para fazer os projetos”. A frase, de Mauricio Santos, diretor de marketing da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), resume o momento de euforia que a entidade vive.

Nesta semana, a CBJ fechou os últimos acordos de patrocínio, válidos até 2012, com possibilidade de renovação até os Jogos Olímpicos de 2016, que serão no Rio de Janeiro. A grande novidade é que, além da Infraero, o Bradesco será um dos principais patrocinadores da entidade até os Jogos de Londres. Com isso, de acordo com Santos, a CBJ conseguiu um recorde entre as modalidades olímpicas.

“Tivemos, nos últimos sete anos, um crescimento de 350%. E agora conseguimos fazer um equilíbrio de ter 48% de nosso financiamento com dinheiro público e 52% da iniciativa privada”, comemora Santos.

Além do Bradesco, a Scania e a EDP (Energias de Portugal) são apoiadores da CBJ, que também fechou acordo com a Cielo (antiga Visanet) para ser patrocinadora da entidade. Outro parceiro da iniciativa privada é a Mizuno, fornecedora de material esportivo da entidade.

Os aportes, de acordo com Santos, têm origens híbridas. Alguns são frutos de projetos da Lei de Incentivo ao Esporte, enquanto parte do patrocínio está ligado a investimento de dinheiro sem ser com contrapartida fiscal. Via Lei de Incentivo, a confederação receberá R$ 3,6 milhões.

“Conseguimos, ao longo desse tempo à frente da CBJ, reduzir a dependência de dinheiro público, como o da Lei Piva (a CBJ ganha R$ 2,5 mi ao ano do dinheiro das loterias). Isso é muito bom para o futuro da confederação”, finaliza Santos.

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