Judô vê resgate de força com Grand Slam no Brasil

O período pré-Jogos Olímpicos do Rio 2016 foi marcado por uma intensa movimentação no mercado brasileiro de eventos esportivos. Diversos atletas e entidades queriam fazer competições no Brasil para poder se aproximar do público local e, também, conhecer o país que receberia os Jogos. 

Os anos seguintes ao Rio 2016, no entanto, foram marcados pela evasão de grandes eventos do país. Até por conta disso, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) celebrou nesta terça-feira (2) o acordo que costurou para que Brasília seja sede de uma etapa do Grand Slam, terceiro maior evento da modalidade, entre 6 e 8 de outubro. 

Rafaela Silva é atual campeã olímpica no judô (Foto: Reprodução)

“A volta do Brasil ao cenário internacional da modalidade vem para resgatar a credibilidade enquanto produto do judô brasileiro. Serão três dias de transmissão ao vivo para mais de 130 países. Foi um longo processo de negociação junto à Federação Internacional de Judô, mas o resultado fez valer a pena todo o esforço”, afirmou Mauricio Santos, executivo da MCS, agência de marketing da CBJ.

Segundo o executivo, que esteve à frente das outras vezes em que o país abrigou o campeonato, pelo fato de o Brasil ser o país-sede da competição, terá o direito de comercializar os direitos de transmissão para o território nacional e, também, metade das cotas de patrocínio da disputa, que deve ser uma das últimas a somar pontos para os atletas se qualificarem aos Jogos de Tóquio 2020.

“Assim como fizemos no Mundial do Rio 2013, a CBJ vai assumir a geração de imagens do evento e, com isso, já estamos negociando estas propriedades”, disse.

Esta será a quinta vez que o Brasil sediará uma etapa de Grand Slam de judô. As quatro primeiras edições foram em 2009, 2010, 2011 e 2012, todas no Rio.

Foto: Divulgação

“A realização do Grand Slam em Brasília é uma grande conquista para a capital do Brasil. Foi fruto de um trabalho conjunto da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal, da CBJ e da FIJ. Brasília vai voltar a sediar grandes eventos internacionais”, disse Leandro Cruz, secretário de Esporte e Lazer do DF, em nota.

Para o presidente da CBJ, Silvio Acacio Borges, a realização do Grand Slam no país possibilita mais chances aos atletas nacionais. Serão quatro por categoria.

“Acredito que este era um grande anseio dos nossos atletas e da comunidade do judô brasileiro. Estamos muito felizes e motivados com o desafio de realizar o Grand Slam Brasília 2019, que será de suma importância para os nossos atletas na corrida por uma vaga em Tóquio. É uma grande oportunidade de mostrarmos que o judô brasileiro está preparado para vencer dentro e fora dos tatames”, afirmou o mandatário.

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