Justiça frustra planos do Internacional com Paolo Guerrero

O Internacional sofreu um duro golpe nesta quinta-feira (23): não terá o peruano Paolo Guerrero neste ano, graças a uma decisão da Justiça suíça, que revogou a liminar do jogador em caso de doping. Com a medida, o clube gaúcho vê naufragar uma série de planos de marketing com o atleta.

O clube investiu pesado para ter Guerrero, de 34 anos, nas próximas três temporadas. Segundo o site Globoesporte.com, o Inter havia acertado vencimentos mensais de R$ 800 mil, entre salários, premiações e luvas pela assinatura do contrato. E, ao menos no marketing, a ideia pareceu acertada no primeiro momento.

Foto: Reprodução

Eram dois objetivos centrais com Guerrero: aumentar o número de sócios e crescer a comercialização de produtos licenciados. A ideia era mexer com o orgulho do torcedor ao ter o atacante que foi ídolo no Corinthians e que havia sido contratado como grande estrela no Flamengo. E a torcida abraçou a ideia.

Foram mil pessoas no aeroporto para receber Paolo Guerrero em Porto Alegre e mais 5 mil para recepcioná-lo no Estádio Beira-Rio, em evento que marcou a apresentação oficial do peruano no Inter. A festa principal, no entanto, aconteceria no próximo domingo (26), quando o time enfrentará o Palmeiras pelo Brasileirão. 

Até a quarta-feira (22), quando ainda havia a expectativa pela estreia de Guerrero, o Inter já havia vendido mais de 25 mil ingressos para o jogo. O objetivo era chegar a 45 mil pessoas no estádio, o que representaria o recorde de público do Beira-Rio neste ano em partida da equipe gaúcha.

Na parte de licenciados, o Inter também colhia frutos. Guerrero adotou no clube o número 79, em referência ao ano do último título brasileiro da equipe. Em 24 horas, o clube atingiu quase 3 mil unidades vendidas da camisa personalizada com o nome do peruano. O plano era chegar a 15 mil uniformes comercializados e ter um incremento de 80% na área em relação à última temporada. 

Ainda entre os licenciados, havia o plano de relançar a camisa usada pelo time em 1954, com uma faixa vermelha que cruza o uniforme. Além da lembrança histórica, a ideia era fazer uma referência ao uniforme da seleção peruana. 

Por ora, o clube ainda não se manifestou oficialmente sobre quais medidas serão tomadas. A diretoria colorada apenas afirmou que, no contrato, havia cláusulas que previam o contratempo. Se não ficará no prejuízo com o jogador, no mínimo o clube terá seus planos com o atleta adiados e um tanto esvaziados.

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